O Brasil escalado para vencer: o turismo vestiu a camisa 10 para a retomada econômica

O Brasil escalado para vencer: o turismo vestiu a camisa 10 para a retomada econômica
Por muito tempo, o Brasil brilhou como protagonista em campos de futebol pelo mundo. Mas agora, é fora das quatro linhas que o país mostra que sabe jogar bonito e com estratégia. O mais recente relatório da ONU Turismo coloca o Brasil como vice-líder global no crescimento de turistas estrangeiros, com um salto de 48% no primeiro trimestre de 2025 em relação ao período homólogo. Um verdadeiro "gol de placa" para um setor que passou anos na retranca devido à pandemia.
Esse desempenho não é sorte de principiante. É resultado de um planejamento ofensivo que vem sendo desenhado desde 2023, com investimentos em infraestrutura, promoção internacional e uma narrativa de país aberto, vibrante e cheio de possibilidades. Segundo a Secretaria de Comunicação Social, os turistas estrangeiros injetaram US$ 823 milhões na economia brasileira só em março deste ano, representando um crescimento de 22% em relação a março de 2024.
O Brasil voltou ao jogo e joga com a torcida a favor
Não há vitória sem torcida, e nesse caso, o Brasil conta com uma vantagem competitiva inata: é um destino desejado por natureza. De praias paradisíacas a cidades históricas, de ecoturismo na Amazônia à gastronomia vibrante em capitais como Salvador, São Paulo e Belém (recém-eleita Capital da Cultura
Gastronômica da América Latina em 2025), o país atrai não apenas pelo visual, mas também pela autenticidade.
Com os olhos do mundo voltados para o país, especialmente com a previsão da COP30, Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, que será realizada em Belém, há uma grande oportunidade de consolidar a imagem do país como líder em turismo sustentável, diversidade cultural e experiências transformadoras. A escolha de Belém para sediar a COP30 é significativa, pois a cidade está localizada na Amazônia, um bioma crucial na luta contra o aquecimento global.
O jogo de 2026 já começou
Se 2025 já está nos presenteando com uma goleada de boas notícias, 2026 promete ser um campeonato à parte. Com a expectativa de bater novos recordes de visitantes internacionais, o setor de turismo já é considerado peça-chave na estratégia de crescimento econômico do país. Segundo o Ministério do Turismo, a meta é ultrapassar 7 milhões de turistas estrangeiros em 2026, algo plenamente possível diante do ritmo atual.
E o cenário doméstico também anima, pois os brasileiros estão viajando mais dentro do próprio país, aproveitando as facilidades de crédito, as campanhas promocionais e a descentralização de roteiros que antes fi cavam restritos ao eixo Rio-SP. Cidades do interior, regiões do Norte e do Centro-Oeste, e destinos emergentes como Jalapão, Chapada das Mesas e Alter do Chão ganham espaço no mapa dos viajantes nacionais.
O otimismo é coletivo, mas a estratégia precisa ser coletiva também
Como em todo time que sonha com a taça, o segredo está na integração entre defesa e ataque, gestão pública e privada, capacitação e inovação. O turismo brasileiro ainda precisa driblar gargalos como a qualificação da mão de obra, a melhoria da malha aérea regional e a segurança em destinos urbanos.
Mas o momento é favorável. A torcida está animada, os números são promissores e o Brasil já provou que tem técnica, talento e carisma sufi cientes para se manter no topo.
Se continuarmos jogando com inteligência, ética e amor, três valores que estamos reforçando em nossa equipe de consultores e especialistas, o turismo pode ser a nossa copa de ouro em 2026. Uma vitória construída com muitas mãos, com impactos diretos na geração de empregos, no fortalecimento da economia local e na valorização da nossa cultura.
Porque, no fim das contas, o Brasil é muito mais do que o país do futebol. É o país da experiência, da emoção, da beleza e do calor humano. E isso, o mundo está redescobrindo, com olhos atentos e passaporte na mão.
